Ação de Reintegração de Posse

 

 

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA_____VARA CÍVEL DA COMARCA DE ........

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                       TÍCIO, brasileiro, solteiro, absolutamente incapaz, portador da cédula de identidade RG ....... e do CPF/MF ....., neste ato representado por sua curadora, ......., brasileira, casada, do lar, portadora da cédula de identidade RG. ......., e do CPF/MF nº........, ambos residentes e domiciliados na Rua ....... nº ....., Bairro ......., nesta cidade e comarca de .........., Estado de ........., por seu advogado e procurador ao final assinado, vem, com respeito e acatamento de estilo à presença de V.Exa., com fundamento nos artigos 121o e seguintes do Código Civil e 926 e seguintes do Código de Processo Civil, requerer a presente

 

AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE

 

em face de ........, de qualificação ignorada, residente e domiciliado na Rua ....... nº ........, Bairro ........, nesta cidade e comarca de ......., Estado de ......., pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõe:

                                                                       O requerente é legítimo proprietário do prédio residencial, localizado na Rua ..... n° ...., Bairro ......, adquirido em ..../..../...., conforme comprova a escritura pública de compra e venda, lavrada no .....° Cartório de Notas desta comarca e registrada sob matrícula nº ....... (Doc. anexo).

                                                                       Em vida, a mãe do requerente, ........, doou-lhe referido imóvel, com a anuência dos demais filhos, para resguarda-lhe o futuro, vez que, por possuir Síndrome de Down, não teria condições de trabalhar e ganhar seu próprio sustento.

                                                                       O requerido é irmão do requerente e, quando da doação feita pela mãe, não manifestou interesse em obstar o ato legitimamente realizado. Face a dificuldade em que o requerido encontrava-se na busca de um local para morar, o requerente, sensibilizado pela situação, por um ato de caridade, cedeu-lhe sua casa, para que o irmão nela permanecesse até melhorar sua situação, devendo, posteriormente, desocupar o imóvel devolvendo-o ao requerente.

A curadora do requerente solicitou a desocupação do imóvel, várias vezes, pois necessita dos rendimentos do imóvel, para arcar com as despesas médicas do curatelado, não obtendo êxito, sendo que, quando inquirido, não demostra a mínima intenção em desocupar o imóvel, alegando ser dono do mesmo.

                                                                       O requerente é uma pessoa doente, conta com seus trinta e quatro anos e, como a maioria dos portadores de down, tem uma complexidade de problemas de saúde sendo a Atrofia Óssea Múltipla e Progressiva a que mais lhe afeta.

                                                                       Os médicos já prepararam a família para os novos cuidados com o requerente. Além da medicação, muito provavelmente ele não andará mais, devido á atrofia, devendo necessitar de cadeira de rodas e fisioterapia constante.

           

                                                                       Ouvidando os diversos pedidos e a notificação, os requeridos não desocuparam o prédio, ali permanecendo contra a vontade do Autor, sendo que a permanência dos memsos no imóvel, caracteriza prática de violência contra a propriedade do Autor, praticando ato de esbulho, sanável através da presente medida de Reintegração de Posse.

                                                                       O esbulho se caracterizou no momento em que o requerido recusou-se a devolver o prédio cedido anteriormente, sentindo-se o Autor sente-se privado do livre uso e gozo do seu imóvel, ante a permanência do requeirdo no local.

Ex positis, requer:

a) a citação do requerido para os termos da presente ação, a fim de oferecer defesa, querendo, sob pena de revelia.

                                                           c) seja a presente ação julgada PROCEDENTE, reintegrando o requerente na posse do imóvel em litígio, condenando-se o requerido em custas processuais, verba honorária e demais cominações legais.

                                                           d) O benefício da Assistência Judiciária Gratuita, por ser pobre o requerente, na acepção legal da palavra, não podendo custear o processo sem prejuízo da própria subsistência.

                                                           e) A concessão ao Sr. Oficial de Justiça do benefício do art. 172, § 2º, do Código de Processo Civil.

                                                           Requer provar o alegado por todos os meio de prova admitidos em direito, especialmente depoimento pessoal, juntade documentos e todos os demais que se fizerem necessários para se atingir a finalidade de JUSTIÇA!

                       

                                                           Dá-se a causa o valor de R$ .........

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

Local e data.

Ozéias J. Santos

OAB 2796481